No momento que países e organizações de todo o mundo colocam prioridade nos temas relacionados ao meio ambiente e à urgência de medidas que reduzam a emissão de CO2, um importante aliado desponta para auxiliar governos e empresas nessa missão: a tecnologia blockchain, que já começa a apoiar projetos que lutam pelo fim do aquecimento global ou para reduzir esse impacto.
No Quênia, por exemplo, a seguradora descentralizada Etherisc está ajudado os agricultores a minimizarem os danos às plantações causados por condições climáticas extremas. A empresa trabalha com parceiros regionais para oferecer o seguro-safra garantido por blockchain para 1.700 pequenas propriedades no Quênia. São 6.000 agricultores recebendo pagamentos no meio da temporada durante o ano. O diretor de inclusão da Etherisc, Michiel Berende explicou que essa tecnologia pode ajudar a vencer as mudanças climáticas, desbloqueando novas maneiras de mitigar, lutar e lidar com o seu impacto.
A Etherisc não está sozinha no combate à crise climática. O Klima DAO começou esse processo há alguns meses, e tenta acelerar a valorização do preço dos ativos de carbono, tornando os combustíveis fósseis e outras indústrias poluentes menos atraentes ao longo do tempo.
Outra empresa que está na luta contra o aquecimento global é a Algorand que demonstrou com sucesso que um blockchain pode ser negativo em carbono. O Projeto NFT do Crypto Trunks ajudou a reverter a narrativa no início desse ano, como o primeiro em carbono negativo. De acordo com um artigo publicado pela ONG Climate Council, carbono negativo ocorre quando as emissões de carbono de um país são compensadas e negativadas quando há geração e exportação de energia renovável.
A blockchain contra a emissão de carbono
As contribuições da blockchain para o meio ambiente não ficam por aqui. A Universidade de Cambridge está desenvolvendo um mercado baseado nessa tecnologia para as negociações de créditos de carbono, que apoiaram projetos de reflorestamento para preservar a biodiversidade.
A universidade britânica estabeleceu o Centro de Créditos de Carbono de Cambridge para que cientistas da computação trabalhem no projeto. Eles analisarão como a compra desses créditos pode financiar as soluções baseadas na natureza que preservam a biodiversidade – destacando-se que um crédito de carbono é uma permissão que permite ao titular emitir uma certa quantidade de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa.
O Projeto de Cambridge não é o único, ele se junta a outras iniciativas climáticas blockchain anunciadas na véspera da conferência COP26 em Glasgow, na Escócia. Em julho, a China introduziu um sistema de comércio de carbono, a ser seguido por um projeto de neutralidade de carbono baseado em tokens em Cingapura.
Outra iniciativa em apoio às ações climáticas usando a blockchain é a da Exchange cripto BitMEX comprou US$ 100.000 em créditos de carbono, representando 7.110 toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono, o suficiente para compensar sua pegada de carbono bitcoin para o próximo ano.
Soma-se a elas a da Exchange cripto BitMEX que comprou US$ 100.000 em créditos de carbono, representando 7.110 toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono, o suficiente para compensar sua pegada de carbono bitcoin para o próximo ano.
São muitas iniciativas, em diferentes direções, mas com o único objetivo de preservar o planeta. Não resta dúvida de que a blockchain tem muito a contribuir com governos, universidades, empresas e organizações para atuar na minimização dos efeitos das emissões de carbono, e nós e da Bomvalor temos a satisfação de fazer parte das organizações que utilizam a blockchain em sua plataforma.