Há algumas semanas, o Portal G1 publicou uma reportagem na qual o vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, decretava o fim do Bitcoin, afirmando não enxergar utilidade na tecnologia blockchain e vendo empresas cripto como mais suscetíveis ao roubo de economias do que os bancos.
De acordo com o economista, a lógica por trás da criação de um livro contábil descentralizado está clara, mas a pergunta “qual é a utilidade disso?” nunca foi respondida a contento. “Por que se dar ao trabalho e ao custo de manter um livro contábil em tantos lugares, e basicamente carregá-lo toda vez que uma transação ocorrer”, questiona.
Porém, não é preciso ir muito longe para perceber que as criptomoedas vieram com tudo e os bitcoins são o carro-chefe do tema do momento. Para guardar seus bitcoins, por exemplo, não é preciso pôr a mão no bolso. As informações sobre quanto você tem podem ser armazenadas em um hardware ou, até mesmo, no celular.
Outro diferencial dos bitcoins é que eles são descentralizados, ou seja, não têm vínculo com nenhum governo, empresa ou banco. Pensado para ser um sistema econômico alternativo, tudo é controlado e verificado pelos próprios usuários através da tecnologia blockchain.
Esta última pode parecer muito complexa à primeira vista, mas entender como ela funciona não é algo tão difícil. A blockchain é bastante inovadora e essa é uma das razões pelas quais o bitcoin ganhou as graças dos investidores mundo afora.
A palavra blockchain já entrega parte do processo: é uma cadeia de blocos, sendo cada um deles formado por várias informações sobre as diversas transações e possuindo uma assinatura digital única, chamada de hash. Essa assinatura funciona como uma impressão digital do bloco e ajuda a dar mais segurança ao processo, já que tudo é criptografado.
Essa hash funciona como um elo entre os blocos, já que um bloco carrega sua própria hash e também a hash do bloco anterior. Com isso, vai se formando a cadeia, ou corrente, que liga vários blocos de informação entre si.
A segurança que o sistema da blockchain oferece é tão relevante que empresas e até instituições governamentais estão demonstrando interesse em utilizar a tecnologia. Isso porque a ideia permite não apenas proteger dados, mas também compartilhá-los com quem quiser sem abrir mão do controle sobre aquela informação.
Muitos entusiastas como eu acreditam que essa tecnologia pode ser a peça-chave para uma nova forma de armazenar e acessar informações. Quando pensamos nessa nova proposta de compartilhamento e validação de dados, as possibilidades podem ser inúmeras.
Portanto, meu caro Paul Krugman, permita-me respeitosamente discordar de sua opinião, mas, a meu ver, blockchain e bitcoin estão apenas começando a ganhar espaço na sociedade: há muito mais para se construir em torno desses conceitos!
Aguardemos o que virá por aí!